quinta-feira, setembro 29, 2005

anunciar, enunciar, pronunciar e denunciar

Para aqueles que perderam a aula de hoje, ela foi prática e teórica. Por um lado, reelaboramos alguns lides de algumas matérias noticiosas de A Gazeta. Por outro, teorizamos os tipos de narrativa jornalística.

Primeiro, trabalhamos com a linguagem anunciativa do jornalismo, que preza a descrição sumário dos acontecimentos. Nela o jornalista se posiciona bem distante dos acontecimele entos. Foi o caso da notícia que a Petrobrás anunciou investimento de R$6 bi no ES.

Depois, vimos como se organiza uma matéria de enunciativa, quando o jornalista é testemunha dos fatos, mas não insere duas impressões sobre os fatos. O acontecimento fala por si, e o leitor se insere em uma história contada. O foco é na ação noticiada. Foi o caso da matéria sobre o desaparecimento do fazendeiro de Pedro Canário.

Por último, nos dedicamos a analisar e produzir o lide da matéria sobre o descumprimento do acordo do deputado Ciro Nogueira, que contratou modelos para fazer dentro do Congresso publicidade da sua campanha a presidÊncia da CÂmara. NEssa matéria o jornalista utilizou muito adejtivo e julgou o ato de Nogueira. Utiliza-se uma narrativa jornalística mais livre, sem o peso da objetividade. O fato é questionado pelo jornalista, que anuncia, enuncia e principalmente pronuncia.

Fiquei devendo, por questões de tempo, falar do denunciar. Fica para a próxima. Aliás, para depois da próxima. Porque na próxima teremos visita.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Próxima Aula [ 29/09 ]

A próxima aula será sobre a Redação na Imprensa Escrita. A idéia é debatermos um pouco sobre o lead e estilo jornalístico, mostrando quatro tipos de narrativas jornalística: anunciar, enunciar, pronunciar, denunciar.

O texto é Redação para Imprensa Escrita, de Jorge Pedro Souza. Está na xerox.

PS: Na quarta, vamos tb dar início a produção de pauta. É o começo do primeiro texto noticioso de vocês.

Construção do Lead III

No mesmo de Anabela, há uma passagem que mostra que depende de qual ênfase queira dar, pode-se valorizar um dos elementos questionadores que produzem o lead (quem, fez o que...):

"A ordem pela qual as questões se seguem no lead depende apenas do assunto em causa e do que, num dado facto, é mais importante, de forma que um lead pode iniciar-se por qualquer uma das perguntas:

O Quê – “Um aparatoso acidente rodoviário, do qual não resultaram vítimas, manteve fechada por mais de 12 horas a Linha da Beira Baixa, impedindo a circulação do Sud Express”

Quem – “Francisco Verde substitui Arlindo Cunha na pasta da Agricultura já a partir da próxima segunda-feira...”

Quando – “A partir de Janeiro os taxistas vão ter de prestar mais atenção à forma como se comportam na presença de passageiros...”

Onde – “O Porto é hoje palco de mais 20 concertos rock no âmbito...”

Como – “Armado de um saco de plástico e três carrinhos de linhas, Luís Pinto escalou ontem a Torre dos Clérigos, no Porto, um feito que lhe valeu...”

Porquê – “Para pôr fim à greve dos médicos e enfermeiros o Governo decidiu...”


Construção do Lead II

Achei um texto bacana. Chama-se "Manual de Jornalismo", de Anabela Grandim. O artigo tem uma passagem interessante. Uma define a idéia de lead que trabalhei hoje (narrativa associada ao o quem, faz o que, quando, onde, como, para que/por que).

"O lead é o primeiro parágrafo da notícia e nele o leitor deverá encontrar resposta a seis questões fundamentais: O Quê, Quem, Quando, Onde, Porquê e Como; sendo que as duas últimas questões – Porquê e Como – podem as mais das vezes omitir-se do lead, guardando-se para o parágrafo subsequente.

A razão é que, antes de mais, os leads têm duas funções a cumprir: informar imediatamente o leitor das características mais importantes do facto que se noticia; e serem atraentes apelando à leitura do resto do texto. Leads muito pesados dificultam a compreensão e desencorajam a leitura".

Construção de lead

Hoje a aula sobre jornalismo impresso foi bacana. A idéia foi tentar construir alguns princípios básico que, nós jornalistas, identificamos como notícia. Adotei a idéia - tirada de PEdro Souza, que á a novidade, a proximidade, a datação, relevância e o tamanho que são os prinicipais valores-notícia (values news). Contudo, a aula foi contrabalanceada com a afirmação de Muniz Sodré de que a definição de notícia advém de uma certa marcação dos fatos. Há acontecimentos, ou melhor forma-acontecimento, que sempre tem acesso mais rápido ao noticiário. O fato que se repete geralmente é notícia. Nesse sentido, quanto mais previsível for determinados acontecimentos maisor é a probabilidade de virar notícia (é o caso da sobre o Oriente Médio, crimes policiais, a atual crise política etc).

A aula foi muito legal e tem começado a ficar mais participativa.

Uh! continuo gripado!!!!

sábado, setembro 24, 2005

Sobre o Manual da Folha

O Manual da Folha de São Paulo está acessível através de base de dados e não de download. Não dá para baixá-lo, logo, a solução é o seu formato impresso mesmo.

domingo, setembro 18, 2005

Calendário de Setembro

O calendário da disciplina já está pronto. A disciplina está organizada em três atividades básicas: produção de notícia, reportagem e entrevista. Vai sobrar ainda um tempo para discutirmos para onde vai o jornalismo impresso.

19. Apresentação da Disciplina e do Professor:
O que é mesmo uma notícia? Raquel Paiva e Muniz Sodré (memo)

22. Critérios de Noticibialidade no Jornalismo Impresso:
Cap I - Jornalistas e Jornalismo. Jorge Pedrosa Sousa

26 e 29. Estrutura, Redação de Notícias e Gêneros Jornalísticos.
A estrutura da notícia. Nilson Lage.
Cap II - Redação na Imprensa Escrita. Jorge Pedrosa Souza

salvadores da pátria


Para sobreviver à disciplina é necessário ter em casa uma boa gramática e um bom manual de redação jornalístico. O manual da Folha é super organizado. Servirá para praticarmos tanto a apuração, quanto à edição. O legal é que serve como um glossário jornalístico. Quem tem acesso a uol, é gratuito. Pode até socializar para os colegas via download.

Abertura

Comecei a desenvolver o plano de disciplina mais coerentemente na última semana. Acho que as coisas ficam mais organizadas quando recebemos um prazo. E foi o que aconteceu. Desde que passei na Ufes esperava o DRH me avisar: vc vai ser nomeado amanhã. Vou ser nomeado segunda ou terça. E por conta disto, acabei com minha curta temporada de descando (foram cinco anos direto de trabalho sem férias) e volto ao batente na universidade em que me formei. São três disciplinas que vou ministrar: Jornalismo Impresso, Teoria da Comunicação (que medo!) e Jornalimo Digital (oba!). A página vai servir como ponto de encontro com os alunos e outrem.

Saravá, meu pai!